Assinala-se este domingo [09.07.2023] o Dia Internacional pelo Desarmamento, efeméride criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2001.
A data visa encorajar a retirada de circulação do maior número possível de armas de fogo, de modo a reduzir as mortes, os feridos e a violência, reforçando o controlo de armas de pequeno e médio porte e a venda de munições, enquanto meio eficaz para reduzir os índices de violência e criminalidade.
Dada a importância da questão, a ONU tem em funcionamento órgãos que se dedicam exclusivamente ao trabalho de desarmamento, apesar de dados de 2020 indicarem que a indústria americana de armamento representou 61% das vendas dos 25 maiores produtores mundiais, à frente da China, com 15,7%, de acordo com o relatório do Instituto Internacional de Estudos para a Paz, com sede em Estocolmo.
O volume total de negócios das 25 empresas cresceu 8,5% e alcançou 361 mil milhões de dólares, cinco vezes mais do que o orçamento anual das missões para a manutenção da paz da ONU, num mundo em que cada país tem a sua legislação relativamente ao comércio e ao porte de armas.
De acordo com as recentes pesquisas, o Brasil é o país onde mais se mata com armas de fogo. Os EUA assumem a segunda posição. Brasil e Estados Unidos são responsáveis por mais de 30% de mortes em todo o mundo.
Em Angola, as autoridades têm levado a cabo acções de desarmamento, tendo como suporte o Programa de Desarmamento da População Civil, que visa a recolha, armazenamento e custódia de todas as armas ligeiras, de guerra e de pequeno porte, possuídas de forma ilícita.
Com o programa que existe desde 2008, foram recolhidas até 2020, um total de 111.889 armas de fogo de diversos tipos e calibres, o que espelha a vontade política do Governo em levar a cabo esta tarefa de forma transparente e com a ampla participação da sociedade civil.